A Crise do Sistema Colonial

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A crise do sistema colonial decorreu de uma série de fatores que mudaram a estrutura de poder vigente no mundo europeu e em parte das colônias do “Novo Mundo”. Cabe ressaltar a independência das colônias inglesas na América do Norte, bem como a Revolução Francesa, embasada pelos ideais de ruptura – liberdade, igualdade e fraternidade. A Revolução Inglesa, com a utilização de novas fontes de energia, a invenção de máquinas, o desenvolvimento agrícola e o consequente controle do comércio internacional, foi outro fator de relevante influência na mudança do panorama do poder então existente, no final do século XVIII.
Como detentora da condição de pioneira na produção de manufaturas, a Inglaterra passou a pressioar os demais países (sobretudo da Europa ocidental) no sentido da liberalização dos mercados, por meio da assinatura de tratados internacionais, forçando assim a comercialização de seus produtos. Em contrapartida, os britânicos tomavam medidas protecionistas a fim de manter o controle sobre seu mercado doméstico.
Nesse sentido caminhou a extinção da escravidão dos negros africanos, a favor da ascensão de trabalhadores monetariamente remunerados, o que representava uma ampliação do público consumidor dos produtos ingleses. Mais do que isso, deve ser levada em conta a influência do pensamento ilustrado no declínio do comércio escravista.
Portanto, a crise do sistema colonial é sintetizada como uma etapa de formação do capitalismo industrial, relacionada com a ascensão da burguesia ao poder, tomando-se o devido cuidado com uma associação simplista entre esses dois elementos.


Arthur Meibak

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